quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Diabetes 2009 – Campinas atenta para uma doença silenciosa

Laís H. Russo
Jornalismo em Posts


O Dia Internacional da Diabetes celebrado no dia 14 de novembro contou com uma semana especial organizada pela Secretaria da Saúde de Campinas em parceria com a Unicamp, com apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes. Do dia 09 ao dia 14 de novembro foram realizadas atividades sobre a doença nos cinco pólos do Projeto VIVA MAIS: Taquaral, Parque das Águas (Região Sul), Praça de Esportes Tancredo Neves (Sudoeste), Centro Esportivo dos Trabalhadores Brasil de Oliveira (região Noroeste) e no Clube Municipal João Carlos de Oliveira (região Norte).

Foram oferecidas para a população palestras sobre a doença como prevenção e tratamento, orientação nutricional, exercícios físicos, oficinas de culinária diet, avaliação das bocas e dos pés e testes de glicemia. A coordenação do evento ficou por parte da Dra. Jane Márcia Emídio Dias, coordenadora da Saúde do Adulto, e ainda envolveu as Secretarias da Saúde, Educação e Cidadania através da Coordenadoria do Idoso.

Campinas ainda iluminou três pontos da cidade com a luz azul, escolhida para representar a doença pela International Diabetes Federation (IDF), assim como fizeram milhares de outras cidades no mundo. Os locais escolhidos na cidade foram: o Paço Municipal, a Torre do Balão do Castelo e a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Mais de 150 pontos do país foram iluminados em azul.

A expectativa da PMC era de atingir mil idosos em todo o município, porem até o fechamento desta edição a prefeitura ainda não continha os dados do evento.

A Diabetes é uma doença que faz com que o pâncreas pare de produzir insulina, necessária para digestão do açúcar (glicemia) no organismo. A doença tem três tipos do mais grave, tipo I, que exige constante verificação dos valores glicêmicos, ao que apenas exige cuidados na alimentação e ingestão oral de medicamentos, tipo III, segundo a Dra. Jane.

O sociólogo Daniel Marinho Silva tem diabetes do tipo I desde os 18 anos, e hoje com 29, afirma que a medicina evoluiu muito para os diabéticos: “antigamente se usava seringas comuns para a aplicação de insulina e os medidores (de glicemia) são mais modernos, indolores.” E completa: “hoje já se pode ligar o medidor no computador, com resultados do mês todo e enviar para o médico fazer a leitura, por exemplo.”

Daniel conta que o alerta para a Diabetes é importante por ser uma doença a qual chama silenciosa: “tem gente que tem e não sabe, e é depois de 10 anos com ela que tem que se ter mais atenção pois temos tendência a ter outras doenças que demorariam mais tempo para aparecer em outras pessoas. Quando descobri que tinha estava na Bahia, de férias e sentia muita sede, fome e vontade de ir ao banheiro, porem achei normal como todo aquele calor. Ao chegar em Campinas fui ao médico que me pediu o exame.”


Ele diz ainda que a Diabetes não o impede de fazer nada, como coloca: “temos a rotina que todos deveriam ter: alimentação saudável, sem abuso de gordura e açúcar, prática de exercícios físicos regularmente e evitar bebidas alcoólicas.”


Segundo a Prefeitura Municipal de Campinas no dia 24 de novembro a Unicamp, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Secretaria Municipal de Saúde promovem o fórum de palestras sobre diabetes direcionado a profissionais de saúde. A atividade vai abordar os temas educação, novas técnicas e perspectiva para um futuro cada vez com menos diabetes.

Vídeo: Assista aosociólogo Daniel M. Silva demonstrar seu dia-a-dia com a Diabetes: medição da glicemia e aplicação de insulina sempre antes das refeições.


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