segunda-feira, 26 de outubro de 2009

04 meses sem diploma






Laís H. Russo
Para o Jornalismo em posts

Pouco mais de quatro meses após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abolir a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, o mercado de trabalho sentiu mudanças no dia-a-dia das redações como demissões, no caso da RAC, foram 20 só no mês de julho, segundo Orlando Flexa, diretor da regional do sindicato dos jornalistas. determinação da máxima corte do País foi proferida em 17 de junho deste ano.
Orlando, explica que as demissões já eram esperadas por causa da precarização da classe, incluindo o salário. Ele afirmou ainda que o sindicato não apoia nem desaprova a contratação de pessoas sem a formação de jornalista para ocuparem cargos na área, porem não estão sindicalizando “não-diplomados” em jornalismo, porem: “tem gente que trabalha em balcão de farmácia, não tem idéia do que é jornalismo e vem pedir a sindicalização, a ordem interna é de não fazer”, o diretor afirmou ainda que os pedidos de sindicalização vêm aumentando torrencialmente desde a decisão.
As redações da Rede Anhanguera de Comunicação, a RAC, e do jornal Todo Dia, foram procurada para falar a respeito de contratações de pessoas sem a formação de jornalista para trabalhar na área porem não se pronunciaram até o fim desta edição.
Em contrapartida, com a não mais obrigatoriedade de se ter um diploma para ser jornalista, a procura pelo curso vem caindo. Faculdades que ofereciam o curso de jornalismo já fecharam as portas, como a FACAMP, Faculdade de Campinas, fez no mês de setembro. Outras ainda, como a USP, Universidade de São Paulo, afirmaram queda na inscrição para o vestibular no curso de jornalismo. José Coelho Sobrinho, professor do Departamento de Jornalismo e Editoração e responsável pela assessoria de imprensa da FUVEST, o vestibular da universidade, disse: “este ano, a decisão do Supremo Tribunal Federal e a consequente desvalorização simbólica da graduação em Jornalismo afetou a procura pelo curso”, que ano passado foi o terceiro mais procurado e este ano é o sexto.
Veja abaixo Orlando Flexa falando sobre o fim do diploma:

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