quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O fim do aquecimento global pode não ter fim

Breno Queiroz Silva
Jornalismo em Posts

O aquecimento global provocado pela emissão de CO2 na atmosfera, traz conseqüências graves para o planeta. Influenciando na temperatura provocando alagamentos, secas com o surgimento de desertos e o derretimento das geleiras da Antártida e no Pólo Ártico, aumentando o nível do mar, ameaçando cidades litorâneas em todo mundo. Além do impacto ecológico, o aquecimento na terra prejudica também o desenvolvimento econômico em todo mundo.



Por este motivo em dezembro desde ano, representantes de todo o mundo se reunirão na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15), em Copenhague na Dinamarca, para discutir um acordo que vai substituir o Protocolo de Kyoto, criado em 1997, que expira em 2012. O protocolo estabelece metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para os países que assinaram o tratado.



No Protocolo de Kyoto os países desenvolvidos líderes em emissão de CO2, se comprometeram a diminuir a emissão de gases. Como o bloco que compõe a União Européia, que teve a meta de diminuir a emissão em 8%, o Japão em 6% e os Estados Unidos em 7%. Por não concordar com as metas estabelecidas, os Estados Unidos, se desligou em 2001 do protocolo, alegando que a redução iria comprometer o desenvolvimento econômico do país. Com isso os Estados Unidos provocou um racha nas negociações. Desmotivando o novo acordo global a ser discutido em Copenhague. Para o ecólogo da Embrapa José Maria Ferraz o impasse nas negociações é de interesse econômico e não ambiental. Existindo uma briga entre os países desenvolvidos contra os países em desenvolvimento.











Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (22) no Fórum em Londres, que sucede o encontro a ser realizado em dezembro, o chefe da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, Yvo de Boer afirmou que: “Ao mesmo tempo, todos, à exceção dos mais pobres entre os países em desenvolvimento, teriam de fazer um "desvio substancial" dos níveis referenciais até 2020. Se os países industrializados reduzem em 25 a 40% até 2020, então acho que até 2020, será talvez necessário ver algo na ordem de um desvio de 15% abaixo, dos negócios habituais nos países em desenvolvimento".





Já o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que estava presente no Fórum disse: “A Grã-Bretanha enfrentará enchentes, secas e ondas de calor, se os líderes mundiais não conseguirem chegar a um acordo sobre mudanças climáticas”. Brown também disse que o custo do aquecimento seria maior do que o impacto das duas Grandes Guerras e da Grande Depressão. O mundo, segundo o premiê, enfrentaria mais conflitos provocados por migrações causadas pelo clima. Jośe Maria Ferraz concorda mais acredita que ainda estamos numa missão e não numa guerra.







A União Européia se propôs a cortar 20%, podendo aumentar a redução para até 30%, se caso outros países fizessem o mesmo. Na verdade muitos países esperam apresentar seus projetos de emissão, aguardando o pronunciamento dos Estados Unidos sobre o assunto. Mas para os Estados Unidos a sua meta de redução só será apresentada, caso os países em desenvolvimento também tenham metas iguais ou próximas a dos Estados Unidos.


Por conta disso China e Índia, os dois maiores poluidores em desenvolvimento, firmaram um acordo na quarta-feira (21) no Fórum em Londres, que vai permitir que os dois ampliem e compartilhem tecnologias, para cortar as emissões de dióxido de carbono. E afirmaram que em dezembro terão uma única posição no encontro em Copenhague.


O Brasil que está na lista de países em desenvolvimento, sendo também um dos maiores emissores de gases, propõe uma reunião para o dia 26 de novembro, com todas as nações amazônicas, que abrange os territórios da Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Para adotarem um plano conjunto a ser apresentado na reunião climática em dezembro. Uma delas é reduzir o desmatamento em 80% até 2020, em relação à média de 1995 a 2005.



Além do desmatamento no Brasil foi constatado que 27 empresas emitiram no ano passado 85,2 milhões de ton de gases que provocam o aquecimento global. A empresa que mais poluiu foi a Petrobrás, com 51 milhões de toneladas de CO2. Esses dados são do primeiro Programa Brasileiro GHG Protocol realizado em 2008, que conta somente com 27 empresas. A lista de empresas e os gráficos da emissão de CO2 na atmosfera podem ser vista pelo site do programa da FGV.


Para José Maria Ferraz o controle de emissão de CO2 na atmosfera, não é só de responsabilidade dos governos é também responsabilidade de cada cidadão, cada um deve fazer sua parte para a melhoria do planeta.





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