domingo, 4 de outubro de 2009


Reabertura de fábrica de vinil da novas expectativas ao
mercado de música brasileiro

Por Felipe Garcia
Do jornalismo em posts


A Polysom, a última produtora nacional de vinis que havia sido fechada em 2008, foi comprada pelo atual presidente da gravadora Deckdisc, João Augusto. A empresa que havia sido desativada, segundo rumores da época, por falta de demanda e de apoio prometido pelo ministério da cultura, pretende prensar cerca de 40 mil vinis no Brasil até o final deste semestre. Retomando o mercado nacional, a empresa aposta na volta gradativa dessa tendência e na demanda dos colecionadores e consumidores assíduos de música, a empresa espera voltar a respirar novamente.

Segundo João Augusto, a Polysom vai ser reativada por uma demanda que tem se mostrado crescente no mercado “Achamos que a Polysom merecia uma nova chance e que havia um mercado ainda desejoso do formato. Além disso, havia um forte desafio e nós topamos entrar nele”.

O que pode aquecer ainda mais o setor varejista, é exatamente a promessa da volta do LP, que com o mercado de colecionadores, de acordo com Rodrigo de Castro, responsável pelo setor de CDs e DVDs da Livraria Cultura, tem aumentado as vendas em relação ao ano passado. “Não da pra falar que o vinil é uma brincadeira, mesmo se tratando de um nicho ele é um segmento bastante importante para a Livraria Cultura, um segmento de resgate mesmo. Principalmente pelo publico que ele atinge, então, agente já deve estar esse ano com números que apontam um crescimento de 30% na venda do vinil em relação ao ano passado e devemos fechar o ano com um saldo bastante positivo”.

Após três anos de retração no mercado de música brasileiro, que vinha demonstrando que cada vez mais a mídia de Cd estava perdendo espaço. Segundo os dados da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos), o ano de 2008 fechou com crescimento nas vendas de 6,4%, iniciando assim uma progressão, mesmo com o consumo de música digital que fechou no mesmo período, crescendo por volta de 70%.

Segundo Leonardo Ganem presidente da SOM LIVRE um dos fatores principais que explicam um pouco dessa reviravolta no mercado é exatamente o barateamento dos Cds, e o trabalho com a segmentação dos públicos paralelamente com a internet. Mesmo não acreditando na volta do vinil ele aposta na força que o consumir do musica em geral possui “Você tem hoje uma quantidade de plataformas a disposição do consumidor e o vinil vai ser mais uma. Esse nicho vai agradar aqueles aficionados por musica e que querem a coleção e tem realmente um prazer maior na experiência do vinil do que nas experiências digitais”.


Ouça na íntegra as entrevistas de Leonardo Ganem(Presidente da SOM LIVRE) e Rodrigo de Castro Gestor de CDs e DVDs da Livraria Cultura.









Nenhum comentário: