segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Freios ABS e Airbag serão obrigatórios a partir de 2014

Aumento no preço dos carros não será tão alto perto dos benefícios


Michelle Occiuzzi
Reportagem


A partir de Janeiro de 2014, através da resolução Nº 311 e Nº 312 de Abril de 2009 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), todos os veículos novos, saídos de fábrica, nacionais e importados, somente serão registrados e licenciados se dispuserem do sistema ABS e do airbag frontal. A produção desses veículos será gradual, a partir de 2010, 8% da frota já sairá das fábricas com esses sistemas.

De acordo com o fabricante, na maioria dos veículos o impacto do preço não acontecerá, mas em outros, esse aumento poderá acontecer, porem será menor do que o consumidor imagina.

“A inclusão do sistema de segurança, será semelhante ao fenômeno da indústria eletroeletrônica. O celular há dez anos atrás, tinha menos funções, consumia mais bateria e era mais caro. Com o ABS será a mesma coisa, hoje ele tem uma capacidade de processamento muito maior, é mais leve, mais compacto e muito mais barato que aqueles na década de 90. Hoje vende-se pacotes de ABS mais o airbag duplo por volta de 2500 reais, só o ar condicionado é vendido a 3.000 reais. Os preços caíram bastante e tendem a cair muito mais”, diz o gerente de marketing da Robert Bosch do Brasil, Carlo Gibran.


Segundo a última pesquisa realizada pela EMDEC, embora a quantidade de veículos nas ruas tenha aumentado em 6,7%, em Campinas, o número de acidentes de trânsito em 2008 registrou 19.479 ocorrências. Representando um crescimento de 2,6% em relação a 2007, quando a cidade contabilizou 18.983 ocorrências.

Essa lei teve como objetivo garantir a segurança dos condutores e passageiros dos veículos e melhorar a estabilidade e a dirigibilidade do veículo durante o processo de frenagem. O cinto de segurança e o airbag são considerados tecnologias passivas e têm por finalidade minimizar os efeitos de um acidente que já aconteceu. Já o freio ABS tem como características a tecnologia ativa pois evita que o acidente aconteça. “Ambas as seguranças são importantes, mas quando os veículos possuem uma tecnologia ativa, ele evita tanto gastos para o motorista, quanto contribui para um transito mais seguro”, afirmou Gibran.

Em uma frenagem de emergência, a reação natural do motorista é pisar forte e manter o pé no pedal para evitar um acidente. Mas essa reação, em um carro sem os freios ABS, acarreta no travamento das rodas e o condutor perde totalmente o controle do veículo. Já em um carro com ABS, isso não acontece. Esse sistema atua como se o motorista ficasse pisando no freio inúmeras vezes a fim de evitar esse travamento das rodas. E , mesmo que o motorista pise bruscamente nos pedais, ele terá um domínio muito maior do carros e poderá mudar a trajetória antes da colisão. Assita ao vídeo:



No asfalto molhado, por exemplo, o carro, com esse sistema de freios, tem sua distância de parada reduzida em até 30% em relação aos carros com freios convencionais. Assista ao vídeo:



A adoção dessa tecnologia no Brasil, comparada com o resto do mundo está muito distante. Assista a entrevista com Carlos Gibran



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