segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Brasil cria política inédita para a saúde dos homens

Breno Queiroz
Do Jornalismo em Posts

De cada três pessoas que morrem no Brasil, duas delas são homens, correspondendo a 60% das mortes no país. Mesmo com o aumento da expectativa de vida dos homens de 63 para 70 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, que os homens vivem sete anos menos que as mulheres.

Isso acontece por uma série de questões culturais e educacionais, onde os homens só procuram o serviço de saúde quando o diagnóstico, já chega a situação precária. Por este motivo o Ministério da Saúde lança, em agosto de 2009, a primeira Política Nacional de Saúde do Homem.

O investimento é de R$ 613,2 milhões para o programa, dividindo em comunicação, promoção à saúde, expansão dos serviços, qualificação de profissionais e investimento na rede pública. A política foi dividida em nove eixos a serem executados até 2011 e prevê o aumento de até 570% no valor repassado às unidades de saúde.

A Campanha contou também com comerciais de TV e Rádio, ouça os dois spots direcionado ao público masculino:












A nova política torna o Brasil, o primeiro país da América Latina e o segundo do continente americano, após o Canadá, a implantar uma política preocupada com à saúde do Homem.

Dados da publicação Saúde Brasil 2007, relata as principais causas das mortes masculinas. Entre elas estão os homicídios e os acidentes em geral, que necessitam de campanhas de outros órgãos públicos, como os da segurança e do transporte. Já área na da saúde as doenças do coração e as cerebrovasculares, lideram o ranking, mais estas doenças estão tendo uma diminuição em média de 30% à 40%; diabetes e doenças da próstata, estão tendo um aumento assustador de 95% à 104%, pesquisa realizada no período de 1980 a 2005.



O Instituto Nacional de Câncer (Inca), alerta que 49.530 homens tenham câncer de próstata apenas em 2009. Com o aumento da taxa de mortalidade, de 6,3% para 13,9% entre 1979 e 2006. Um aumento de 120%.

Por este motivo, o Ministério da Saúde prevê o aumento de 20% no número de exames de próstata, responsável pelo diagnóstico precoce de tumores. A meta é que o total de procedimentos passe de 78 mil em 2008 para 110 mil até 2010, com um investimento de R$ 4,4 milhões.

A Sociedade Brasileira de Urologia alerta que o número de cirurgias para tratar tais doenças e os casos de câncer do trato genital masculino irão aumentar, em 10% ao ano, passando de 100 mil, em 2008, para 121 mil até 2010.



Para o Prof. Dr. Lísias Nogueira Castilho, especialista em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, a política da Saúde do Homem, veio em boa hora, principalmente pelo incentivo a realização do exame de próstata, que é um problema de saúde pública, onde o preconceito é o principal fator negativo.







O lançamento dessa campanha é o maior compromisso para a saúde do homem. Dando acesso e garantia à saúde, promovendo melhor condição de vida para o cidadão brasileiro. Qualquer dúvida procure o posto de saúde mais próximo ou pelo disque saúde 0800 61 1997.

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