Eduardo Costa
Do Jornalismo em Posts
Quarenta e quatro anos de muito trabalho e suor no jornalismo serão entregues na quarta-feira para a Universidade Estadual de Campinas em mais de 50 arquivos, onde o Cedae (Centro de Documentação Cultural Alexandre Eulálio) terá a difícil missão de cuidar e preservar o material do jornalista paulista Aloysio Biondi (1936 - 2000), doado pela família que, por anos, cuidava particularmente com a ajuda de ex-alunos e amigos. O material guardado inclui recortes de jornal, pautas de redação, manuscritos, anotações e objetos pessoais que fizeram parte de sua vida. Muitos dos textos publicados pelo jornalista podem ser encontrados em seu site, que faz parte do projeto O Brasil de Aloysio Biondi.
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Quarenta e quatro anos de muito trabalho e suor no jornalismo serão entregues na quarta-feira para a Universidade Estadual de Campinas em mais de 50 arquivos, onde o Cedae (Centro de Documentação Cultural Alexandre Eulálio) terá a difícil missão de cuidar e preservar o material do jornalista paulista Aloysio Biondi (1936 - 2000), doado pela família que, por anos, cuidava particularmente com a ajuda de ex-alunos e amigos. O material guardado inclui recortes de jornal, pautas de redação, manuscritos, anotações e objetos pessoais que fizeram parte de sua vida. Muitos dos textos publicados pelo jornalista podem ser encontrados em seu site, que faz parte do projeto O Brasil de Aloysio Biondi.
Aloysio Biondi destacou-se na imprensa nacional por suas críticas ao modelo neoliberal, hegemônico na década de 1990 no país. Intelectual de esquerda, expôs em seu livro mais famoso, O Brasil privatizado (Fundação Perseu Abramo, 2000), argumentos críticos ao processo de venda das estatais, que, segundo ele, lesavam a nação. Biondi estará lado a lado com Monteiro Lobato, escritor muito admirado por ele, nos armários onde o Cedae guarda os arquivos.
Arquivo carrega herança de muitos anos de dedicação

E foi na economia que ele se consagrou, trabalhando para diversos jornais e revistas do país, entre eles no jornal Folha da Manhã (mais tarde Folha de São Paulo), Correio Braziliense, O Globo, revista Época, Gazeta Mercantil, Bundas, entre várias outras.
Os primeiros contatos realizados para chegada do acervo foram feitos por parte da família em abril de 2008, e após mais de um ano de trabalho e negociações, a chegada está marcada para quarta-feira, 7 de março. Antônio Biondi afirma que o principal fator que levou a família a doar o acervo foi pela conservação, e também explicou o porquê da escolha da Unicamp “A doação à Unicamp surgiu da necessidade, histórica e afetiva, de não deixarmos o arquivo do Biondi, seu legado, se perder. No interior da família, entre os amigos, e posteriormente entre os integrantes do projeto “O Brasil de Aloysio Biondi”, consolidou-se a perspectiva de que a doação deveria se dar prioritariamente para uma instituição pública.”
A supervisora de arquivos do Cedae, Flávia Leão, que se declara uma grande fã do estilo do jornalista, conta que, durante esse tempo de negociações, houve também toda uma preparação para a chegada. Entre as providências necessárias estava um novo sistema de arquivamento, que é feito em um armário que desliza sob trilhos, permitindo a compactação de espaço. “São 57 caixas, e precisávamos de toda uma estrutura pra receber o material. Eu imaginava que o acervo era muito menor do que ele é, ai começou toda uma batalha para a compra de um armário deslizante, próprio para guardar documentações”, conta.
A supervisora ainda explicou que, após a chegada do acervo, começa um trabalho lento e minucioso, de início com a limpeza e higienização, para não haver risco de contaminação, depois o material fica de quarentena, é catalogado e só aí vem o processo da microfilmagem para digitalização. Ainda não há uma previsão de quando o material estará disponível para pesquisas, mas Flávia Leão avisou que tudo será totalmente acessível ao público, qualquer pessoa poderá pesquisar.
Ouça Flávia Leão falando sobre o perfil de Aloysio:
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